SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESCOLA MUN. JESUÍNO GONÇALVES DOS REIS SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS PROJETO: INCLUINDO COM ARTE Porangatu – GO Março de 2011 |
AMANDA PATRÍCIA FRANCISCA MARTINS
Professora de Atendimento Educacional Especializado
INCLUINDO COM ARTE
Porangatu – GO
Março de 2011
“Não existe saber mais ou saber menos,
existem saberes diferentes!!!
Paulo Freire.”
Introdução
O projeto realizado, em questão, foi fundamentado principalmente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Na tentativa de sanar as dúvidas relacionadas à inclusão de pessoas com necessidades especiais em todo contexto escolar.
Segundo o dicionário Aurélio incluir significa: fazer parte, inserir, introduzir, abranger. Assim, inclusão de pessoas com deficiência significa torná-las participantes da vida econômica, política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da sociedade, do Estado e do poder público.
A escola inclusiva valoriza as diferenças, à medida que busca discutir e reconstruir novas práticas ou parâmetros no processo ensino-aprendizagem, ao contrário das escolas especiais que, atualmente, está se tornando instituições obsoletas, ou seja, em desuso porque hoje, praticamente, elas quase não existem mais e já não tem mais apoio governamental. Uma vez que a nova lei defende a inclusão do aluno especial em um contexto social participativo, sem exclusão, sem salas e ambientes separados para eles.
A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando novas práticas pedagógicas. Lembrando que estas práticas pedagógicas estão inseridas no Projeto Político Pedagógico da escola. Não é fácil e imediata a adoção dessa nova prática, pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que essa escola possa se concretizar, é patente a necessidade de atualização e desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de alternativas e práticas pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.
Um ensino para todos os alunos há que se distinguir pela sua qualidade. O desafio de fazê-lo acontecer nas salas de aulas é uma tarefa a ser assumida por todos os que compõem um sistema educacional. Um ensino de qualidade provém de iniciativas que envolvem professores, gestores, especialistas, pais, alunos e outros profissionais que compõem uma rede educacional em torno de uma proposta que é comum a todas as escolas e que, ao mesmo tempo, é construída por cada uma delas, segundo as suas peculiaridades.
Baseado nisso, este projeto visa garantir a Educação das crianças público-alvo da Educação Especial de modo que possa sanar as dúvidas frequentes da comunidade escolar no quesito INCLUSÃO.
Justificativa
Baseado no Censo 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) existe 24,5 milhões de brasileiros com dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se, portador de alguma outra deficiência física ou mental. Depois de ter sido subestimadas ao longo de muitas décadas, esse enorme contingente de pessoas, cerca de 14,5 % da população do país, foram enfim trazidas à luz. Pela primeira vez em sua história, o Censo brasileiro usou os critérios de classificação de pessoas com deficiência estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), trazendo um detalhamento de suas características.
O Censo anterior do IBGE, de 1991, além de ter sido realizado com um ano de atraso, teve problemas de metodologia e na coleta de dados, e registrou apenas 2 milhões de pessoas com deficiência. Se o número oficial cresceu mais de 10 vezes em menos de uma década, e que há indícios de ter crescido o triplo, ou seja, o Censo do IGBE é apenas uma estatística. Afirmamos que esta estimativa cresceu grandemente uma vez que já ocorreu no ano de 2010 um novo recenseamento. Talvez esteja na hora de a consciência da sociedade sobre o assunto crescer na mesma proporção.
Assim, o respeito e valorização à diversidade exigem que estabelecimentos de ensino como este e profissionais estudem e reflitam sobre inclusão, visando oferecer melhores condições de acesso e permanência na escolarização dos alunos do público-alvo da Educação Especial.
Dessa forma, faz-se necessário promover campanhas de conscientização e informar à sociedade e aos alunos que a inclusão não é algo distante de nossa realidade e pelo contrário, está presente dentro da nossa comunidade escolar e precisamos respeitá-los uma vez que “Ser Diferente é Normal”!
Objetivo Geral
Conscientizar a comunidade escolar (pais, professores, gestores e alunos) à cerca da Educação Inclusiva e da corrente da Inclusão, viabilizando e incentivando a arte. Acolhendo as diferenças os professores serão conscientizados, o que poderá facilitar para que seja rompido seus posicionamentos sobre o desempenho escolar padronizado e homogêneo dos alunos, então, poderá desempenhar o seu papel formador, que não se restringe a ensinar somente a uma parcela dos alunos que conseguem atingir o desempenho exemplar esperado pela escola. Ele ensinará a todos, indistintamente. Ensinando os alunos, consecutivamente estes irão informar seus pais e amigos promovendo a corrente da inclusão.
Objetivos Específicos
· Refletir sobre a prática pedagógica;
· Reduzir o preconceito e a discriminação;
· Informar os alunos à cerca do contexto da Inclusão, com palestras educativas do professor de Atendimento Educacional Especializado – AEE;
· Incentivar a arte com desenhos relacionados à inclusão;
· Dar ênfase e promover a conscientização de toda a comunidade escolar à cerca da Educação Inclusiva e do respeito às diferenças, já que somos todos diferentes com um jeito próprio de pensar e agir;
· Envolver as famílias no processo educativo, prestando-lhes apoio e orientação em relação a cuidados, atendimentos específicos e procedimentos necessários para favorecer o pleno desenvolvimento da criança, do jovem e do adulto com deficiência;
· Viabilizar e articular com instituições, órgãos e serviços do município, ações que propiciem a promoção de educandos com deficiência em todos os aspectos;
· Firmar parcerias com Secretaria Municipal de Educação, Coordenação da Educação Inclusiva, profissionais da Saúde como psicólogos, fonoaudiólogos, para estarem ministrando palestras para os docentes
Cronograma
Mês | Ações |
Março | * Elaboração do Projeto |
Abril | * Divulgação do Projeto |
Maio | * Palestras para Divulgação – Professores e Gestores |
Maio | * Palestras Educativas – Alunos |
Junho | * Palestras Educativas – Alunos |
Julho | * Férias |
Agosto | * Escolha dos Melhores Desenhos |
Setembro | * Encerramento do Projeto com apresentações e premiação |
Materiais e Métodos
Será reservado um espaço da Escola (Sala de Informática) para a montagem e exposição da Sala de Recursos Multifuncionais onde serão mencionadas nas palestras educativas para os alunos as funções de cada recurso e consecutivamente como funciona a SRM. Para realização das palestras educativas faz-se necessário a utilização de data-show, notebook, tela, lápis preto e de cor, giz de cera, borrachas e Chamex colorido e branco. Cada turma será representada por uma cor de papel diferente.
Será feita uma seleção com os melhores desenhos com premiação de 1º, 2º e 3º lugar.
Serão observados através desses desenhos quais alunos entenderam o conceito de inclusão e conseguiram expressar em folha. No dia do término do projeto, serão convidados vários alunos da escola como também de outras escolas do município para realizarem apresentações relacionadas.
Avaliação
A Avaliação será processual, ou seja, será observado se a comunidade escolar estará apta para exercer a Inclusão de forma íntegra no meio social de forma a coibir/evitar a exclusão de crianças com necessidades especiais.
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA...
DOS FILHOS DESTE SOLO (seja igual ou diferente),
ÉS MÃE GENTIL!
PÁTRIA AMADA BRASIL!!!
Referências Bibliográficas
MEC/SEESP - Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº. 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº. 948, de 09 de outubro de 2007.
http://www.pro-inclusão.org.br/textos: Acesso em 18/03/11.
http://www.ibge.gov.br: Acesso em 18/03/11.